MENSAGEM
Conta-se a história de uma avó, viúva e velha, que foi morar com o filho dela, sua nora e sua netinha. A cada dia, a visão e a audição da avozinha pioravam, e às vezes suas mãos tremiam tanto que a sopa caía da sua colher e os legumes caíam do garfo. O filho e sua nora só ficavam irritados com a desordem na mesa de jantar, e um dia, depois que ela derrubou um copo de leite, o marido disse a sua esposa: “Chega!”
Então, montaram uma mesinha para ela num canto, perto da lavandaria, e mandaram a vovó tomar suas refeições ali. Ela ficava sozinha, olhando com lagrimas nos olhos para os outros à mesa de jantar. Às vezes, eles conversavam com ela enquanto cominam, mas geralmente somente para a repreender depois de ela deixar cair o prato ou o garfo no chão.
Uma noite, logo antes do jantar, a menina estava ocupada, brincando no chão com blocos, e o pai perguntou-lhe o que estava a fazer. “Estou construindo a minha casa”, respondeu ela. “Mas o que são aqueles blocos lá fora?”, Perguntou o pai. ”Ali é uma mesinha para o senhor e a mãe, ela respondeu sorridente, “para que vocês possam comer sozinhos no canto da minha casa quando eu crescer”.
Os pais ficaram olhando para sua filha durante um tempo, e de repente ambos começaram a chorar. Naquela noite, trouxeram de volta a vovó para o lugar dela à mesa. Desde então, ela fazia todas as refeições com o resto da família; seu filho e sua nora já não se preocupavam muito quando ela derrubava algo, de vez em quando.
– Essa história nos lembra de um mandamento bíblico muitas vezes pregado para crianças, mas raramente para jovens e adultos: “Filhos, honrai a vossos pais”. Essa é uma mensagem que precisamos ouvir hoje mais do que nunca.
Normalmente no dia da mãe sempre falamos na perspetiva das mães, do que elas fazem pelos filhos, do valor que elas tem e do que é ser uma mãe ideal! Mas hoje queremos levar os irmãos a pensar um pouco sobre o ponto de vista dos filhos, isto é, o que é ser filho!
Muito dos irmãos aqui não conhecem a história da minha vida e do início da minha caminhada cristã. Mas peço permissão e também desculpas para falar um pouco da minha própria história para introduzir naquilo que queremos tratar hoje. O que é ser filho? Essa foi uma das grandes lutas que tive, mas dou graças a Deus pela sua obra na minha vida que mudou o meu pensar e consequentemente o meu agir para com minha mãe. Não falo hoje como se fosse um exemplo de filho a seguir e nem me considero melhor que os outros nesta área. Pelo contrário ao estudar mais sobre isso percebo que ainda tenho muito que aprender e muito que melhorar como filho.
Não venho de uma família considerada normal; claro que tenho um pai e uma mãe como toda a gente, mas não conheço o meu pai, não sei o seu nome, nunca vi a cara dele, não sei se é magro ou se é gordo. É uma figura inexistente para mim. Algumas vezes perguntei a minha mãe sobre o assunto, ela brigava comigo; deixei de perguntar! A minha primeira e segunda infância, passei com a minha avó, que tal como a minha mãe, era alcoólatra. Nesse tempo a minha mãe desapareceu e por muitos anos fiquei sem ter notícias dela. Lembro de pessoas perguntando a minha avó de quem eu era filho e ela respondia “ah esse, o chão rasgou ele saiu”. Bom, percebem então que não foi estabelecido laços entre mãe e filho, não tivemos uma relação normal de mãe para filho. Alias, dela os filhos não receberam o amor, o carinho e o afeto de mãe. Pelo contrário, depois de reaparecer com muitos problemas por causa do álcool, com muita frequência ela estava no hospital, porque caia com muita muitas vezes por causa do álcool. No hospital uma das minhas irmãs ia pela manhã para lhe fazer higiene e todos os dias ela saia de lá a chorar e humilhada, porque a minha mãe a ofendia e a envergonhava diante das pessoas, dizendo obscenidades e outras coisas duras de se ouvir. Como também filho sentia muitas vezes envergonhado quando ela bebia até cair e depois era chamado para a buscar. Foram momentos triste que só apetecia esconder a cabeça num buraco, de tanta vergonha. Mas para mim o ponto de saturação na relação com minha mãe deu-se em 2008, quando descobriram o meu problema de saúde, tinha que vir evacuado para Portugal para tratamento, nisso todos os meus amigos e vizinhos me desejavam sucesso no tratamento e me animavam, dizendo que tudo ia correr bem… mas da minha mãe, ouvi essas duras palavras “ quero lá saber, por mim podes ir e morrer por lá!” Aquilo doeu tanto em mim que naquele momento só pensei, está é a ultima vez que te vejo na minha frente! Não quero mais saber de ti! Nunca mais falo contigo! Não quero mais saber noticias tuas, vou esquecer que tenho uma mãe.
Mas sabem irmãos, Deus na sua graça e por meio da sua palavra tratou do meu coração e mudou a minha mente e consequentemente a minha forma de olhar e de agir para com ela. Isso porque na palavra do Senhor, só encontrei que independentemente de quem ela é, independentemente do que ela tenha feito ou dito, independentemente do que ela não me deu; de mim o Senhor requer obediência e honra a minha mãe! O que o Senhor requer de mim é que eu seja cumpridor do meu papel de filho segundo a sua vontade. Não encontrei nenhuma ordem para vasculhar os armários escondidos da minha vida para culpar a minha mãe pela minha má formação. Pelo contrário, o que encontrei realmente foi uma ordem clara específica e tão importante que se repete pelo menos nove vezes na palavra de Deus. “Obedecer e honrar a minha mãe”. Assim posso, assim podemos ser filhos segundo a vontade de Deus verdadeiramente! Portanto pensemos…
O que é ser filho? (Ef6.1-3)
1. É SER OBEDIENTE (Ef6.1)
Ser filho começa na obediência aos pais, nesse caso, a mãe! A desobediência aos pais era considerado um sinal de depravação pagã, e um sinal da decadência moral da sociedade e ainda é apontada como uma das características dos últimos tempos (Rm 1.28-31), também em (2Tm3.2-3) Paulo já nos alertava que nos últimos dias iriam surgir homens com disposição mental reprovável. Incluindo soberbos, egoístas, ingratos, presunçosos, desobedientes aos pais, sem afeição natural, sem misericórdia e sem amor pela família. Ele nos diz que esses pecados são mortais e que por certo vem a ira de Deus sobre tais homens. Mas nós que outrora também eramos assim, fomos libertos, dessa maneira vazia de viver pelo Filho de Deus que nos amou e que se entregou a si mesmo por nós, para hoje vivermos em novidade de vida. Nessa novidade de vida somos chamados a obedecer as nossas mães! V1. Obedecei… no Senhor – No lar, o filho deve estar de bom grado, debaixo da autoridade de seus pais em submissão obediente a eles como agentes do Senhor colocados sobre ele, e obedecer a seus pais como se estivesse obedecendo ao próprio Senhor. Em (Cl 3.20) Paulo, ainda vai mais longe requerendo obediência aos pais “em tudo” e sem qualquer tipo de qualificação ou limite. O único limite é quando os pais exigem algo contrário à Palavra de Deus, no mais a obediência deve ser completa, isso quer dizer que os filhos não podem escolher o que vão obedecer ou não. Enquanto está na casa do pai e da mãe, tem que obedecer em tudo. Na expressão “filhos obedecei aos vossos pais no Senhor”, obedecer significa literalmente ouvir com atenção, com atitude obediente, corresponder ou dar satisfação a orientação dos pais. Implica, pois obediência na ação, não só no desejo de obedecer ou só de dizer que vai fazer; é ação mesmo. Paulo acrescenta: “No Senhor”, isto é, no temor de Deus, para a glória de Deus, como ato de obediência a Deus. Porquê? A razão aqui é, simplesmente, que esse foi o modo planejado e exigido por Deus. Porque isso é justo, isto é, porque está correto, está certo, é assim que deve ser. Sim, os filhos são chamados a obedecer aos pais não só com base no seu compromisso cristão, mas também porque isso é que está certo, é o que é justo aos olhos do Senhor. Em uma frase: é o que é agradável a Deus! No fundo isso corresponde à justiça divina, pois tudo o que é do agrado de Deus, é justo é santo. (Os14.9) Aquele que escolhe obedecer a mãe, escolhe andar no caminho do Senhor que é justo e reto!
Na obediência como filhos somos chamados a olhar e imitar aquele que é o nosso exemplo em tudo, Cristo Jesus! Ele é o bom filho que viveu uma vida perfeita “aprendeu a obedecer por meio daquilo que sofreu”, e foi obediente a todo o plano de Deus, até a morte e morte da cruz como nos ensina (Hb 5.8), (Fl 2.8). Que possamos segui o seu exemplo de filho obediente. Ser filho é prestar obediência aos pais, mas também é:
2. HONRAR AOS PAIS (MÃE) (Ef 6.2.3)
Paulo sita o quinto mandamento, “honra teu pai e a tua mãe”. Honrar pai e mãe é honrar a Deus. Resistir a autoridade dos pais é insurgir-se contra a autoridade do próprio Deus. Por isso Moisés ousou ordenar ao povo de Israel que o filho que cometesse o pecado de desonrar aos pais devia ser punido com a morte (Lv 20.9; Dt 21.18-21). Agora, é de notar que a consequência desse pecado não é apenas para o indivíduo desobediente, mas também causa danos na família bem como danos sociais. Temos o exemplo do próprio povo Israelita, a falta de honra ao pai e a mãe foi uma das causas do exílio babilónico (Ez 22. 7, 15). Com isso vemos a importância que Deus dá a honra dos filhos aos pais, neste caso as mães. Hoje podemos dizer que a nossa sociedade está como está muito por causa do desprezo e a desobediência a este mandamento.
Honrar é mais que obedecer. No primeiro versículo Paulo está a apontar para a ação, neste segundo versículo Paulo aponta também a atitude ou o motivo por detrás da ação, e sem duvidas a atitude correta que está por de trás da obediência é precisamente a honra. Por isso o filho naturalmente nunca ficará livre do mandamento para honrar pai e mãe; mesmo depois da morte dos pais. Como filhos, somos chamados a honrar as nossas mães. Isso Significa devotar amor, respeito, gratidão e retribuição. Sim honrar é primeiramente devotar:
a) AMOR – Amar não com o amor que este mundo ensina, um amor baseado nas emoções, em sentimentos e nos interesses pessoais de cada um. Mas sim amar com o amor que Deus nos ensina, com o amor com que Ele nos amou. “Nisto consiste o amor: não que amássemos a Deus, mas que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação dos nossos pecados” (lJo 4.10). Esse é amor verdadeiro, o amor doador, altruísta em que doamos de nós mesmo em benefício dos outros assim como Cristo fez. Hoje pela graça de Deus e “…Porque Deus nos amou primeiro podemos amar as nossas mães com esse amor” (1Jo 4.19). Sabem irmãos por algum tempo tinha um peso e uma certa tristeza no meu coração porque quando era chamado para levantar a minha mãe bêbada do chão, quando por um mês em que ela esteve sem andar e que todos os dias tinha que lhe tirar as fraldas com fezes e urina e dar banho nela, quando tive que usar todo o meu dinheiro para pagar as suas despeças no hospital; não me sentia envolvido no sentido emocional ou sentimental; ou seja não foram coisas feitas por prazer, porque estava a fazê-las para a minha mãe. Fazia porque Deus assim me pedia para fazer, então queria ser obediente à Deus! Estava certo também! Isso me deixava um pouco triste porque pensava comigo mesmo, talvez então não amo a minha mãe! Mas isso é porque eu pensava no amor segundo o mundo e não segundo Deus! O amor segundo o mundo é baseado no sentir, mas segundo Deus, amar é doar, é dar de nós mesmos para o benefício dos outros, e isso implica sacrifício, compromisso e ação da nossa parte! Foi esse o amor que Deus nos mostrou, foi esse o amor altruísta que Deus nos provou enviando o seu próprio filho para nos beneficiar com a grande salvação e com todas as bênçãos celestiais! “Deus prova o seu próprio amor para connosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.8). Irmãos, é este o amor que Deus nos chama a imitar! Compreender o verdadeiro amor foi libertador para mim, pois me ensinou a perdoar e a amar realmente a minha mãe! Precisamos honrar as nossas mães com esse amor que recebemos de Deus! Honrar também é devotar:
b) RESPEITO – (Lv 19.1-3) “ Cada um respeitará (“temerá”) a sua mãe e seu pai … Eu sou o Senhor, vosso Deus.” – O respeito pelos pais, neste caso pela mãe está associado ao temor do Senhor. Esse temor do Senhor nos leva a ter as nossas mães em alta estima, em elevado respeito e em alta consideração, ainda que tenhamos recebido só ofensas e injurias! “Cada um respeitará a sua mãe…” os filhos que respeitam suas mães não gritam com elas nem se dirijam a elas com palavras torpes. – Uma vez no fórum Almada, assisti uma adolescente a dizer a mãe “Não sejas estúpida” – só pensei ah se fosse em Cabo Verde! É que as mães cabo-verdianas têm comichão nas mãos. Ela apanhava na hora! Os filhos que respeitam as mães não presumem dar “lições” as mães, não procuram governar a casa em lugar dos pais e não tratam as mães como se fossem colegas de escola. Não há lugar para filhos “que respondem mal as suas mães”; por isso os próprios pais precisam ensinar e insistir no respeito e na maneira com que os filhos falam com eles. (Lv 19.32) ensina que os filhos devem se levantar na presença dos mais velhos e assim demostrar respeito. Eles devem falar respeitosamente com seus pais e sobre seus pais. A honra é evidenciada também nisso. Honrar é também devotar:
c) GRATIDÃO – (Ef 5.18-21) (Cl 3.16) Com qualquer idade, honramos as nossas mães quando expressamos gratidão a elas. Mesmo filhos que são de lares desestruturados ou que foram abandonados podem encontrar motivos para agradecer as mães. Antes não via com muito interesse o culto de gratidão a Deus pelas mães. Perguntava: mas agradecer o que, se ela nunca fez nada por mim? Estava errado! Mais uma vez, guiado pela palavra, Deus me fez lembrar, que ela me deu a vida! Carregou-me nove meses na barriga, me amamentou quando ainda bebé. Então percebi e percebo ainda mais hoje que tenho muito que agradecer! Como sabemos o contexto de Efésios 6. 1-3, é a plenitude ou o Controle do Espirito Santo (Ef5.18) “enchei-vos do Espirito”. Cada pessoa na família recebe instruções de como o Espírito quer enchê-la: Mulheres, sendo submissas aos maridos; maridos, no amor sacrificial pela esposa; filhos, na obediência e honra aos pais. Gratidão é uma marca desse coração controlado pelo Espirito de Deus (Ef 5.18-21) e pela palavra de Deus (Cl 3.16ss). Se estamos cheios do Espirito e se a palavra habita em nós ricamente vamos expressar gratidão a elas! A gratidão pode ser expressa por e-mail, telefone, carta com poesia, presente, musica ou então visitas frequentes. Honrar as nossas mães é também:
d) RETRIBUIR (1Tm5.3,4) – A palavra honra aqui traz o sentido de “abençoar, satisfazer as necessidades materiais, de sustentar, e de apoiar financeiramente“. O texto continua esclarecendo que os filhos têm o dever de “recompensar”, literalmente é “pagar de volta” aos pais pelos investimentos feitos na vida deles. O filho está em divida para com quem o trouxe ao mundo, o criou e o amou. Paulo nos diz que cumprir essa responsabilidade é exercer piedade! Agora, nem sempre será possível nem mesmo apropriado dar dinheiro aos pais. Como no meu caso, não dou dinheiro na mão da minha mãe porque eu sei que ela vai para o álcool, seria contribuir para sua destruição. Mando sempre para a minha irmã que agora cuida dela. Mas existem outras maneiras de retribuir a elas com um coração grato. Presentes especiais; viagens; ferias; tempo juntos, em jantares ou numa celebração especial, visitas ou até com celebrações especiais de aniversários e bodas de casamento por exemplo. Podemos retribuir ou recompensar as nossas mães de várias formas. Não vou esquecer nunca a forma como o nosso irmão e pastor Jairo cuidou, recompensou, retribuiu a sua mãe, minha querida irmã Alzira, nos últimos meses da sua vida. Foi de grande impacto para mim, foste um exemplo, Jairo. Há filhos que desamparam os pais na velhice. Há filhos que trazem flores para o funeral dos pais, mas jamais os presentearam com uma agulha sequer em vida. Há filhos que dizem que amam as mães atem dizem publicamente e colocam fotos bonitas no face no dia das mães, mas depois dizem como ouvi a dias um filho dizer para a mãe, “Não vou gastar dinheiro contigo”. Estamos em divida e quando não retribuímos negamos a lei de Deus assim como fazia os escribas e fariseus e isso foi condenado por Jesus, podem conferir em (Mt 15.1-6)!
Somos chamados a honrar as nossas mães e honrar as nossas mães é devotar amor, respeito, gratidão e retribuição! Voltando ao nosso texto, V2-3 Embora a motivação para obedecer e honrar o pai e a mãe deva ser o amor ao Senhor, Deus mesmo na sua graça acrescentou uma promessa de bênção a aqueles que obedecem a esse mandamento. Não temos tempo para discorrer sobre as várias polémicas a volta desses versículos, mas podemos dizer que o mesmo princípio geral do antigo testamento pode ser aplicado ao Novo, ou seja que obedecer e honrar pai e mãe culminará em bem-estar e vida longa sobre a terra. Haverá exceções a regra, mas o princípio geral contínua igual ao antigo testamento. Os filhos que obedeceram e honraram seus pais são mais prováveis de viver uma vida disciplinada, equilibrada e longa.
Agora irmãos, muitas vezes alguns filhos não sentem na obrigação de obedecer e honrar as suas mães, por causa da história de vida, como no meu caso, eu até já tive esse pensamento no passado. Outros por algum acontecimento marcante. Perante isso:
e) O QUE FAZER SE ACHAR QUE MINHA MÃE NÃO É DIGNA DE SER HONRADA? – Ah porque ela não é crente, ela é isso, ela é aquilo. O texto bíblico não nos manda honrar as nossas mães só se elas forem cristãs. A honra é devida mesmo que as nossas mães não sejam dignas humanamente falando. Enquanto alguns filhos poderão honrar suas mães com prazer e alegria, outros que sofreram com as suas mães talvez terão de o fazer por dever e talvez até com alguma tristeza. Mas a exigência é a mesma para os dois. Talvez o filho tem que tratar o seu coração com relação ao passado para poder encontrar motivos para honrar a sua mãe. Talvez ajuda, pensar que Deus usou a minha e a tua mãe para nos trazer a existência! Também pensar que, Deus me colocou nessa família para preservação da vida, para levar a mensagem de salvação. Ou então, entender que honrar não é uma opção, mas sim uma obrigação como filho, por isso, custe o que custar temos que honrar as nossas mães. Agora, é preciso deixar…
3.UMA PALAVRA DE GRAÇA (Is 49.15)
O Senhor se compara a uma mãe que não poderia esquecer-se do filho que amamenta. Embora as vezes algumas mães humanas façam o impensável e abandonem ou negligenciam seus filhos, (Tal como lemos nas noticias está semana da mãe que esqueceu da sua filha de dois anos no banco de trás do carro, e a criança acabou por morrer). Deus não, Ele nunca esquece o seu povo escolhido. Haveria sempre um remanescente de Israel que experimentaria a salvação de Deus. Ele estará sempre presente na vida daqueles que são seus filhos. Por isso hoje Ele te chama para seres filho; para fazeres parte da sua família. Precisas reconhecer o teu estado de pecador perdido, reconhecer também obra redentora realizada por Cristo na cruz para perdão dos teus pecados e crer Nele como o teu único e suficiente salvador, assim terás o direito de ser feito filho de Deus! (Sl 68.5-6a) nos diz “ Pai dos órfãos e juiz das viúvas é Deus em sua santa morada. Deus faz que o solitário more em família…” Deus cuida do órfão e do solitário. Ele nos faz morar em família verdadeiramente. Quando entrei na igreja de Deus experimentei pela primeira vez o que é realmente uma família! Não tive a minha mãe natural presente, mas na família de Deus fui adotado por algumas mães que me marcaram, lembro minha querida irmã Margarida Reis, a minha irmã Fernanda Pinto, da forma como me serviram, bem como da minha querida irmã Alzira, a forma como me recebeu na sua casa, a hospitalidade o amor! Deus sarou o meu coração com o amor e o carinho dessas irmãs e dos demais irmãos e por meio da sua palavra me ensinou que eu tinha que honrar a minha mãe natural, apesar de tudo! Deus é assim! Ele nos acolhe! Ele nos abraça na sua família para depois marcarmos a diferença na nossa família de sangue!
Hoje em dia encontramos filhos processando os pais, psicanalistas fazendo seus pacientes regressarem ao passado para descobrir traumas causados pelos pais e uma verdadeira cultura de vitimização para justificar a falta de obediência e honra que é devido aos pais. Não negamos a existência de problemas sérios influenciados ou até mesmo causados por pais inadequados que deixam marcas para a vida; até porque sei o que é isso. Mas não podemos cair no engano de retirar a culpa de cada pessoa. A responsabilidade de obedecer e honrar as mães é de cada filho! Para cumprir essa responsabilidade é preciso o entender realmente e colocar em prática o que é ser filho. Tal como vimos, é ser obediente, e honrar aos nossos pais, em especial, a nossa mãe, porque falamos de mãe hoje! Esse honrar é devotar amor, respeito, gratidão e retribuição! Mães, vocês também têm uma palavra nisso, ajudem os vossos filhos a serem obedientes, a serem filhos que honram os seus pais, como? Educando-os, instruindo-os e corrigindo-os com palavra de Deus! Falando as irmãs no geral, estejam atentas e preparadas para adotar como filho ou filha na fé alguém que o Senhor quer colocar em família porque essa é uma grande oportunidade de impactar uma vida com o evangelho transformador do Senhor Jesus! Sejamos filhos segundo a vontade de Deus!